segunda-feira, julho 31, 2006
domingo, julho 30, 2006
Dúvida existencial - Será que as regras de código da estrada, nomeadamente as que dizem respeito à taxa de alcoolémia permitida, são extensíveis aos carrinhos de choque?
sábado, julho 29, 2006
Les tricheurs - sinto-me enganado. Milhares de pessoas, amantes do ciclismo, devem partilhar os meus sentimentos. O grande herói Floyd Landis, ao que parece, fez batota naquele dia em que recuperou 8 minutos de desvantagem nos Alpes. Até se confirmar o resultado da contra-análise ele é inocente, mas mesmo em caso de não confirmação de doping a suspeita ficará para sempre.
Pergunto-me, a ser verdade, se Floyd Landis dormiu bem depois de ter subido ao pódio nos Campos Elíseos. Será que o fim justifica os meios? Todos os vencedores de etapa são controlados. Não compreendo. Mais grave do que enganar o público e os patrocinadores, enganou os colegas de profissão, o que é ainda mais grave. Oscar Pereiro não teria então merecido vencer a prova? Talvez sim, mas no seu íntimo ele nunca ganhou a prova. O hino entoado na cidade-luz foi o americano e não o espanhol. As objectivas focavam-se em Landis, e não nele. Ele não venceu o Tour. Ganhar na secretaria é a pior forma de vitória, mesmo que seja justificada.
No futebol, o título do campeonato italiano foi esta semana atribuído ao Inter. Os milaneses não vencem a prova desde 1990, e pelos vistos porque contrariamente aos seus rivais, não entrou no jogo sujo da falsificação de resultados. Mais uma vez, está presente o sabor amargo de uma conquista. De certeza que os adeptos do clube não celebraram, porque não ganharam.
Assusta-me esta onda de batota, de querer ganhar a qualquer preço. Em última instância, o público vai fartar-se da mentira, e quando o público já não tiver paixão pelo desporto e pelos seus ídolos, os patrocinadores também deixarão a arena. Há que irradiar definitivamente todos os batoteiros do desporto. Antes que este último seja irradiado dos corações dos fãs.
quinta-feira, julho 27, 2006
terça-feira, julho 25, 2006
Le Tour - ano após ano, este sempre foi o meu acontecimento preferido do Verão. Contrariamente aos campeonatos de futebol que têm uma periodicidade de dois anos, o Tour estava sempre presente nos ecrãs de todo o mundo nos meses de Julho.
Lembro-me de acompanhar a prova desde os tempos em que Induráin dominava a Grande Boucle. Não gostava dele, estava sempre à espera que aparecesse alguém para o derrotar (limitava-se a fazer a diferença nos contra-relógios e a seguir os outros favoritos na montanha). Depois do domínio do espanhol, houve um tempo de transição até surgir outro grande dominador, Lance Armstrong. Confesso que não gostei dele até à terceira vitória, mas as suas capacidades de luta e resistência levaram-me a admirá-lo como ser humano e desportista. E ao contrário de Induráin, fazia a diferença não só nos contra-relógios como também na montanha. E era fantástico assistir à primeira etapa de montanha, em que o norte-americano fazia sempre o seu arranque para mostra que o patrão era ele. O resultado toda a gente já sabe, 7 vitórias consecutivas na maior prova velocipédica mundial.
Com a reforma de Armstrong e os escândalos de doping que afastaram da prova deste ano alguns dos principais candidatos à vitória (Ullrich, Basso, Sevilla, Mancebo), pensou-se que a prova iria perder interesse. Eu próprio não me entusiasmei muito, não acompanhei as duas primeiras semanas de corrida. No entanto, as constantes mudanças de camisola amarela e as curtas diferenças entre os primeiros da classificação geral fizeram-me voltar ao pequeno ecrã para acompanhar a decisão nos Alpes. E aí pude conhecer as caras novas do pelotão (Landis, Pereiro, Kloden, Rasmussen) e ainda deliciar-me com a forma como Landis recuperou 8 minutos de atraso na última etapa de montanha. O Tour afinal continua a ter interesse.
Não sei o que explica o fenómeno. O público? Talvez. Trata-se, afinal de contas, um dos poucos desportos gratuitos (daí a sua popularidade). As estradas continuam cheias de gente. Mas o segredo para o ciclismo sobreviver a todo o tipo de escândalos ligados ao doping é a magia da estrada, das montanhas, da luta e sofrimento dos corredores. E enquanto houver quem goste de acompanhar o que se passa nos Alpes e Pirinéus, o ciclismo terá sempre dias risonhos pela frente. E o Tour conseguirá sempre criar novos heróis, Landis é o mais recente.
quinta-feira, julho 06, 2006
Rescaldo - Portugal perdeu, e bem frente a uma equipa que lhe é claramente superior. Não se pode tentar desculpar a derrota com o suposto penalty a Cristiano Ronaldo (que não existiu) ou com a ideia de que a selecção dominou e teve mais posse de bola. Portugal não conseguiu criar uma verdadeira oportunidade de golo depois de estar em desvantagem no marcador.
E Zidane é um génio. O meu prognóstico é que vai ser ele a levantar o troféu no próximo domingo.
E Zidane é um génio. O meu prognóstico é que vai ser ele a levantar o troféu no próximo domingo.
terça-feira, julho 04, 2006
Gallas - «Les joueurs portugais ont l'habitude de déstabilizer leur adversaire, comme on a vu dans le match face au Pays-Bas (...) même s'il méritait ce carton [Rooney] on a pu voir Ronaldo essayer d'influencier l'arbitre (...) il faudra se méfier des portugais, car, si on peut le dire, ils aiment bien aussi plonger. Mais ça va dépendre de l'arbitrage.»
Tendo em conta que este jogador é treinado pelo José Mourinho, que tem como colegas de equipa 3 adversários do jogo de amanhã, trata-se da provocação pura e dura. Mas as suas declarações vêm mesmo a calhar, acho que Scolari não precisa de motivar mais os jogadores. Gallas já tratou de o fazer.
Tendo em conta que este jogador é treinado pelo José Mourinho, que tem como colegas de equipa 3 adversários do jogo de amanhã, trata-se da provocação pura e dura. Mas as suas declarações vêm mesmo a calhar, acho que Scolari não precisa de motivar mais os jogadores. Gallas já tratou de o fazer.