Transportes públicos - a Carris modificou recentemente alguns dos seus percursos de autocarros na cidade de Lisboa e decidiu implantar algumas mudanças em relação à venda de bilhetes. E, finalmente, já vai ser possível viajar com um título de transporte durante uma hora, evitando assim «que os clientes possam utilizar várias carreiras sem qualquer agravamento do custo da viagem».

Trata-se de um progresso. No entanto, não consigo compreender porque é que só agora é que se chegou a esta conclusão. Na maioria das grandes cidades europeias (pelo menos aquelas que eu conheço), é permitido andar em qualquer meio de transporte público durante uma hora, ou seja, pode-se fazer transbordo de metro para autocarro, comboio ou outro, apenas com um bilhete. Por cá, continua a ter de se pagar um bilhete de metro, mais um bilhete de autocarro. Estou impaciente para que chegue o dia em que uma única autoridade de transportes públicos disponibilize um bilhete multimodal e que possa ser utilizado em qualquer veículo.

Para além das vantagens para os clientes, tenho a certeza que a fusão dos diversos serviços de transporte público era capaz de trazer algumas sinergias e consequentemente poupanças para os contribuintes. Porque uma rede de transportes públicos para uma cidade tem de ser pensada de forma complementária, e não com cada um a puxar para seu lado.

Não consigo perceber porque é que não se avança nesta direcção. Custos políticos demasiado elevados?